Varejo em atualização: mais tecnologia e migração para o online

por Redação Beonly
5 de setembro de 2023

O crescimento do e-commerce motivado pela necessidade de adaptação ao cenário da pandemia do coronavírus faz com que as empresas do varejo de um modo geral passem por um momento de análise e, principalmente, de reavaliação. É o mesmo que ocorre com as empresas que adotaram o trabalho remoto e hoje tornaram essa opção como permanente. No caso do varejo, dois pontos estão em evidência.

O primeiro é o maior investimento em tecnologia. E o segundo, uma análise criteriosa sobre as lojas físicas.

Investimento em mais tecnologia

Um estudo da plataforma Cortex apontou que o varejo foi o segmento da economia que mais tem investido em tecnologia, a frente de serviços, financeiro, indústria e logística. Foram entrevistadas 1,1 milhão de empresas que somadas usam 9.585 ferramentas tecnológicas.

Neste cenário, 24% das empresas que participaram do estudo possuem um alto nível de tecnologia, 65% nível médio e 2% nível baixo. E no caso do varejo, destaque para as plataformas de vendas pela internet, que estão atentas, segundo o Cortex, à correlação entre investimento em tecnologia e faturamento.

De acordo com o estudo, os negócios que possuem os níveis mais altos faturam acima dos R$ 500 milhões. Os demais registram faturamento entre R$ 81 mil e R$ 360 mil e até R$ 81 mil.

Lojas mais compactas com o suporte do e-commerce

Em outro ponto neste momento de atualização, percebe-se uma mudança de foco com a tendência de preferência por lojas compactas em vez das chamadas megalojas, especialmente nos shopping centers, tendo o e-commerce como aliado para otimizar a operação, atender as demandas dos clientes e, principalmente, reduzir custos operacionais.

“O que está acontecendo no Brasil e no mundo é o uso mais estratégico da loja física”.

(Luiz Alberto Marinho, especialista em varejo e sócio-diretor da Gouvêa Malls, em reportagem da CNN Brasil).

Por uso estratégico entende-se:

  • Captura de novos clientes;
  • Possibilidade de criar experiências;
  • Apresentação e geração de valor da marca; e
  • Apoio logístico para as entregas do e-commerce.

O cenário contraria a ideia de que o crescimento do e-commerce durante a pandemia seria responsável pelo fechamento das lojas físicas. Nem aqui no Brasil nem nos Estados Unidos as lojas físicas seguem sendo abertas mas com esta nova configuração e novo propósito e com redução do tamanho médio dos estabelecimentos, mais compactas, portanto, como apontou Marinho. Exemplo disso é que nos Estados Unidos a área média das lojas físicas caiu 12,5% entre 2019 e 2021.

No Brasil, redes como Decatlhon e Renner já investem em novos formatos, com estruturas menores e forte uso do digital. A Renner, por exemplo, de acordo com reportagem da CNN Brasil, de olho no conceito do “phigital”, inaugurou em maio a segunda unidade com 300 m², menor em comparação com as demais lojas da rede que variam de 1,5 mil m² a 2 mil m².

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